Há 6 meses estava escolhendo trocar completamente o rumo da minha carreira, embarcando na jornada do ecommerce ao entrar no programa do DCS na VTEX. Eu estava próximo de me formar em engenharia, tinha acabado de ser efetivado na área de logística dentro da L’Oreal e minha companheira estava grávida de 5 meses. As mudanças foram tantas que às vezes tenho dificuldade em reconhecer as versões de mim que existiram até chegar aqui. A formatura na faculdade, por exemplo, que durante anos foi um grande sonho meu, foi apenas uma formalidade quando aconteceu, na minha casa, pelo notebook, entre uma reunião e outra e com a minha filha no colo.
A intensidade das mudanças que aconteceram nesses últimos meses, impulsionadas pela pandemia, mexeram e mexem muito comigo. Acredito que a ansiedade está relacionada a preocupar-se demais com o desconhecido, e estar mergulhado na incerteza me obrigou a trabalhar essa questão diariamente. Ao mesmo tempo que foi, e é, desafiador viver totalmente descolado da zona de conforto, tem sido um período de extremo aprendizado, pois, me vendo obrigado a lidar com a impermanência de forma tão intensa, se tornou impossível ignorar sua existência. A compreensão de que a impermanência não é uma variável e sim uma constante, presente em todos os âmbitos da nossa vida, se tornou inevitável.
Me reconhecer no meio da impermanência expôs visceralmente minha vulnerabilidade, me obrigando diversas vezes a abandonar certezas que até então utilizava de armadura. Essa condição de vulnerabilidade, apesar de delicada, tem se mostrado ao mesmo tempo extremamente potente, sendo uma grande aliada do meu processo de aprendizado. Ao me reconhecer vulnerável perante as mudanças da vida, me encontro constantemente em uma posição de principiante, longe das certezas e muito próximo as dúvidas, tendo o privilégio de poder errar em prol do aprendizado e de me manter genuinamente curioso.
Abraçar o conflito egóico da vulnerabilidade, mesmo compreendendo seus benefícios, é extremamente delicado, e estar em um ambiente que entenda a vulnerabilidade como uma forma de crescimento e traga a segurança necessária para se permitir viver isso, se mostrou essencial para viver a potência desse processo.
Durante o programa do DCS, vivemos períodos de rotações nas posições que ocupamos e, logo na primeira rotação, saí por 20 dias de licença paternidade quando minha filha nasceu e, duas semanas depois que voltei, estava mudando para uma área muito mais técnica do que a que eu estava antes (lembrando que até a VTEX eu não sabia nada do mercado de tecnologia). Viver esses recomeços, junto com minha filha recém-nascida, no home office, no meio de uma pandemia sem poder receber nenhum tipo de visita, foi o momento em que mais me senti vulnerável até hoje e poderia facilmente ter sido o momento mais aterrorizante também. Porém, apesar da dificuldade, tem se mostrado extremamente recompensador.
Assim que voltei de licença, todo o time que trabalhava, tanto a equipe de Customer Excellence da nossa primeira rotação, quanto a turma e mentores do DCS, me acolheram, ouviram, incentivaram e me trouxeram a segurança necessária para viver essa vulnerabilidade, transformando a ansiedade em vontade. Aí eu pude compreender a potência dos valores da VTEX, onde a ousadia de aceitar sua vulnerabilidade, em uma comunidade que se constrói e se fortalece em conjunto, sob o pilar da confiança, é capaz de transformar qualquer que seja a adversidade em uma nova oportunidade. #BeBold #BuildForCommunity #TrustToBeTrusted