Nos últimos anos, escândalos relacionados ao vazamento e exposição de dados levaram países, empresas e diferentes indústrias a não só regulamentarem a privacidade de dados dos usuários no mundo digital, mas também a amplamente discutirem-na.
Isso, claro, se aplica ao mundo do ecommerce: o crescimento sem precedentes dos últimos anos fez com que adequações necessárias no que tange à questão da privacidade fossem postergadas pelas empresas, justamente pela necessidade urgente de focar nas vendas, que são seu maior objetivo. Agora que o conhecimento do quanto é preciso proteger dados vem ganhando espaço e que o assunto passa a preocupar consumidores e vendedores, o próximo questionamento é exatamente de como garantir a privacidade em meio ao pico de vendas.
Privacidade de dados na Black Friday
Segundo pesquisa do Adobe Analytics, de 2019 para 2020 viu-se um aumento de 21,6% na quantidade de transações online durante o período, número que deve ser superado em 2021.
Na Black Friday e no final de semana seguinte à data, o número de pedidos é maior do que em qualquer outro dia do ano: em 2020, foram 2,8 milhões, um total 14% que no ano anterior. É de se imaginar que, como consequência do fluxo acelerado de compras, existe também o crescimento do fluxo de dados — pessoais, financeiros e todas as demais informações necessárias para a realização das aquisições e entregas das mercadorias.
A exposição desses dados, antes encarada sem muita desconfiança, hoje é amplamente protegida legalmente: os dados tratados devem ter finalidade clara para tal, ser facilmente alterados e excluídos a pedido de seus titulares e eliminados assim que tiverem seu objetivo cumprido, entre muitos outros requisitos. Atualmente, o não cumprimento destes dispositivos legais pode acarretar, além de uma veiculação negativa do nome das marcas, multas exorbitantes – no caso do WhatsApp e do Google, as penalidades chegaram a 225 milhões de dólares e 50 milhões de dólares, respectivamente.
A grande questão está relacionada ao volume: como é maior o número de transações e de pedidos, também é o de dados compartilhados e que acabam sendo processados. Por isso, tomar as medidas necessárias e garantir que todas as práticas de segurança estão em vigor é fundamental.
O que fazer para garantir a privacidade dos usuários?
Tendo isso em vista, quais são as principais medidas a serem adotadas para tentar mitigar qualquer possibilidade de descumprimento, sobretudo em um período onde as vendas aumentam tanto? Primeiro, estar associado a uma plataforma confiável do ponto de vista de segurança e privacidade é não só uma vantagem comercial, como também um requisito quase essencial para quem trabalha no mundo do e-commerce.
Plataformas que, aliado ao uso de tecnologias de alto padrão, contem com certificados de segurança, com documentos que especifiquem o tratamento e transferência dos dados e, por fim, que estabeleçam processos internos para oferecer atendimento aos titulares dos dados já garantem aos lojistas um certo nível de adequação às normas, justamente por também serem responsáveis em algum nível.
Além disso, é necessário estar atento a outras medidas de responsabilidade do próprio e-commerce e de seus respectivos administradores. Com o nível de maturidade que se está alcançando no meio virtual, é imprescindível a criação e a disponibilização de políticas de privacidade que elucidem a maneira com a qual se tratam os dados, assim como políticas de cookies (que traçam ações e preferências do usuário) e outras, a depender de como e para quê os dados são utilizados.
Estabelecer fluxos internos de atendimento aos titulares e garantir que o exercício de seus direitos possam ser facilmente atendidos não deve ser exceção entre as empresas, mas sim unanimidade no meio do comércio eletrônico. Isso não apenas em respeito aos consumidores, que depositam confiança ao compartilhar seus dados, mas também por ser algo mandatório do ponto de vista jurídico.
O que pode ser visto como um esvaimento desnecessário de recursos das empresas é, na verdade, um investimento no crescimento e na confiabilidade por parte do público. Não apenas demonstra que a loja observa seus direitos e deveres, como também mostra que prioriza transparência, responsabilidade e respeito com a confidencialidade e privacidade dos indivíduos, independente do fluxo de compras existente.
Para mais informações sobre confiança, transparência e confidencialidade, nós da VTEX recomendamos que acessem o VTEX Trust Hub, onde estão públicos nossos avisos externos de privacidade, acordos de tratamento de dados, campos para requisição por parte dos titulares e muito mais.