O Pix é o novo meio de pagamentos instantâneos do Banco Central (Bacen) que entra em vigor dia 16 de novembro. Ele promete otimizar a operação de lojistas ao mesmo tempo em que facilita a compra para clientes.
Melhor dos dois mundos, não? Já publicamos um artigo sobre os conceitos básicos do Pix e a sua influência sobre o e-commerce. Sugerimos a leitura caso você ainda não esteja tão familiarizado com o tema.
Se continua por aqui, neste artigo você lerá sobre:
- O impacto do Pix no e-commerce
- Cinco ineficiências operacionais que o Pix promete eliminar
- Adesão no mercado
O impacto do Pix no e-commerce
A proposta do Banco Central é simples: viabilizar o envio e recebimento de transferências entre os principais bancos e instituições financeiras do país. 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem custo atrelado para o consumidor.
Em um primeiro olhar desatento, pode parecer que o Pix se trata apenas de uma evolução na experiência de transferência entre bancos ou até uma nova versão das famosas “TEDs” e “DOCs”. Mas a verdade é que este é um meio de pagamento vantajoso para o comércio digital.
Para começar, o Pix surge como uma alternativa para ampliar o acesso da população ao consumo, gerando novas oportunidades para o comércio. Isso porque enquanto 67%¹ da população adulta possui acesso a um smartphone, 45 milhões¹ de brasileiros ainda são desbancarizados.
Enquanto isso, a expansão do comércio digital bateu recorde em 2020, trazendo mais de 1,3 milhão² de lojas on-line. Desta forma, o Pix vem como uma alternativa para atender a parcela de consumidores ainda adeptos ao boleto – segundo meio de pagamento mais utilizado hoje.
Dando adeus à ineficiência operacional
Com contexto sobre o Pix e os principais impactos esperados para o e-commerce, entenda agora os custos e ineficiências operacionais que o novo meio de pagamento promete eliminar.
1º: Estoque bloqueado
O pagamento via boleto bancário é uma das grandes dores do e-commerce atualmente.
Isto porque uma vez que o consumidor gera o boleto de compra, aquele produto fica bloqueado no estoque. Acontece que até 50%³ dos boletos emitidos não são pagos, o que gera ineficiência e potencial redução no número de vendas.
O Pix promete mudar este cenário. Ao selecionar o novo meio de pagamento no checkout, o consumidor terá apenas alguns minutos para efetuar a transação. Caso o pagamento não seja efetivado, o produto poderá retornar ao estoque imediatamente, otimizando a operação do lojista.
2º: Baixa taxa de conversão entre pedido e venda
Um dos causadores da baixa taxa de pagamentos em relação aos boletos gerados é a fricção na experiência de compra. Após a finalização do pedido o consumidor ainda precisa acessar seu banco para realizar o pagamento ou se dirigir a uma agência bancária. Sem falar que o pedido só é aprovado mais tarde, mediante comprovação de pagamento do documento.
Por isso, é muito comum que os consumidores esqueçam ou desistam das compras on-line.
O Pix chega como uma aposta para aumentar a conversão das vendas on-line, possibilitando uma experiência de compra imediata e otimizada.
3º: Descasamento de fluxo de caixa
Mesmo os meios de pagamento “à vista” – cartão de débito e boleto – são liquidados na conta do lojista dois ou três dias após a efetivação do pagamento. Esse tempo extra pode ocasionar descasamento no fluxo de caixa da empresa.
O Pix, por outro lado, prevê liquidação imediata – em até 10 segundos – dos valores em conta.
Isso significa que, ao contrário da maioria dos meios de pagamento, os valores transacionados entrarão imediatamente na conta do lojista. Isso ajuda a otimizar a gestão de caixa da empresa e melhorar a saúde financeira do negócio.
4º: Ineficiência no processo de devolução
No Brasil, está previsto em lei que um consumidor pode desistir de uma compra on-line em até 7 dias corridos após a realização da compra.
Hoje, quando alguém desiste de uma compra realizada via boleto, a loja precisa entrar em contato com o consumidor para coletar os seus dados de conta. Essa operação é ineficiente e onerosa.
Já as transações via Pix poderão ser devolvidas à conta de origem em um fluxo de estorno/cancelamento em até 90 dias após a compra. Essa facilidade promete gerar eficiência operacional e reduzir pontos de atrito com os consumidores.
5º: Complexidade da conciliação
Uma loja on-line que aceita múltiplos meios de pagamento sofre com a necessidade de conciliar os valores recebidos com os pedidos realizados. Isso por que cada meio de pagamento tem a sua própria “agenda” de recebimento – boletos podem levar de 1 a 4 dias para caírem na conta do lojista, por exemplo.
Nesse cenário, fica bastante complexo garantir que a loja realmente esteja recebendo por cada uma das vendas. Isso aliado à cobrança de tarifas, cancelamentos e estornos de pedidos pode se tornar um verdadeiro desafio.
Por se tratar de um meio de pagamento com liquidação em até dez segundos, o Pix ajuda os varejistas não só com a conciliação recebimentos x pedidos, mas também com o estorno. Tudo de uma forma mais simples e fluida.
Adesão ao novo meio de pagamento
O Pix vem como uma alternativa que promete trazer benefícios para lojistas e consumidores. Além disso, diversifica o público com acesso ao sistema financeiro brasileiro.
Com tantas vantagens e benefícios – para os dois lados – , a dúvida está na adesão dos consumidores a essa nova forma de pagar e receber.
Existe uma movimentação do mercado para garantir a ampla divulgação do Pix e, até o momento, os números estão superando as expectativas. Mais de 66 milhões de chaves já foram cadastradas no Banco Central até agora.
Tendo em vistas as vantagens, os varejistas estão agora na corrida para deixar seu e-commerce preparado para o novo meio de pagamento.
Se você é cliente VTEX e deseja usufruir de todas essas vantagens, acesse nosso tutorial e veja como configurar o Pix na sua loja VTEX.
Fontes:
1 – DataReportal – Digital 2019 Global Overview Report 2019.
2 – 6ª edição da pesquisa Perfil do E-Commerce Brasileiro.
3 – Pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Artigo escrito em parceria por Juliana Sales, Product Marketing Manager e Maria Eduarda Paiva, Product Manager.