Desde seu surgimento, a internet revolucionou várias indústrias, como o varejo tradicional que, cada vez mais, perde espaço para o segmento de e-commerce. Ela também foi responsável por modificar a forma como nos comunicamos e nos relacionamos com o mundo.

Do mesmo modo, a abrangente adoção dos smartphones estimula transformações ainda mais rápidas. Os dispositivos móveis modificaram a maneira como interagimos com outras pessoas, como nos informamos e, inclusive, alteraram o nosso comportamento de navegação e compra online.

Atualmente, a maioria das compras online no Brasil ainda é finalizada no desktop, mas o m-commerce cresce a um ritmo acelerado. Isto reflete a necessidade de que os lojistas de e-commerce tenham os dispositivos móveis em conta na hora de definir as estratégias para seus negócios online e, assim, oferecer a melhor experiência de navegação e compra para os consumidores.

Qual é o cenário do m-commerce no Brasil?

Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), o número atual de smartphones existentes no Brasil chega a 198 milhões. A perspectiva de que até o fim deste ano, a cifra chegue aos 208 milhões de aparelhos.

Estes aparelhos são a principal fonte de acesso à internet no país, com 89% dos usuários de internet navegando através dos seus smartphones. Quando consideradas unicamente as classes sociais mais baixas, estes aparelhos são a única fonte de conexão para 65% dos internautas.

No que diz respeito ao volume de vendas do m-commerce, 31% das transações do comércio eletrônico brasileiro no primeiro semestre de 2017 foram feitas em dispositivos móveis, segundo o estudo E-commerce Radar, da Atlas. A modo de comparação, em 2016, a cota do m-commerce foi de menos de 22% das vendas online e, em 2015, 12%.

Entre as categorias de produtos mais vendidas, destacam-se:

  • Produtos de beleza – 43% do total de vendas online
  • Moda e acessórios – 41% do total de vendas online
  • Saúde e bem-estar – 31% do total de vendas online

No entanto, um dos principais problemas do m-commerce é a baixa taxa de conversão das vendas em dispositivos móveis. De forma geral, a conversão é um dos principais desafios como comércio eletrônico como um todo, mas o problema se agrava no mobile. Por exemplo, as categorias com melhores taxas de conversão em dispositivos móveis são moda íntima e sex shop, com 1,3% de vendas convertidas. O desktop, por outro lado, tem taxas de conversão de até 4,9% (comida e bebida), 3,4% (farmácia) e 2,1% (casa e decoração).

Como melhorar a conversão do m-commerce?

Segundo dados da BigData Corp. e PayPal, somente 24,2% das lojas virtuais brasileiras são responsivas. Este é o primeiro atrito que os consumidores encontram para finalizar uma compra em dispositivos móveis.

Além disso, preencher formulários de checkout em um smartphone ou tablet pode ser extremamente frustrante. E, finalmente, mas não menos importante, métodos de pagamento populares no Brasil, como o boleto bancário, escolhido como forma de pagamento em quase um quarto das transações online, não costumam ser responsivos.

Por isso, é fundamental que os lojistas de e-commerce adaptem tanto seus sites como os meios de pagamentos para o m-commerce. Desta forma, facilitarão ao máximo a experiência do consumidor durante todo o processo de compra.

Entre as soluções disponíveis no mercado para ajudar os comerciantes a aumentar as conversões do m-commerce, destacam-se as tecnologias de compra em um clique e o Smartcheckout®.

Além disso, oferecer boletos responsivos é outra maneira de elevar as conversões. A PagBrasil foi o primeiro provedor de pagamento no Brasil a desenvolver tal solução para facilitar o pagamento de boletos em dispositivos móveis.

Como funciona o boleto responsivo?

A versão responsiva dos boletos permite copiar, em um só passo, os dados para pagamento no app do banco do comprador. Além disso, também possibilita que o mesmo seja pago eletronicamente em qualquer um dos 170 mil caixas eletrônicos existentes no país.

Se os terminais de autoatendimento utilizados possuírem o leitor de código de barras com a tecnologia para a leitura da tela do celular, basta girar o telefone para visualizar e escanear o código. Igualmente, assim como qualquer outro boleto, o comprador também pode imprimi-lo, no formato convencional, se assim desejar.

Como o boleto responsivo ajuda nas conversões?

Tendo em conta que as classes sociais mais baixas são as que mais utilizam os dispositivos móveis para acessar a internet e que são também os membros destas classes os que formam a população de não bancarizados ou sem acesso a cartões de crédito, é seguro afirmar que o uso do boleto responsivo pode trazer mais conversões.

De todas as formas, a melhora na experiência de pagamento do boleto em smartphones e tablets é fundamental para converter mais, independentemente do tipo de comprador que escolha este método. De fato, Alex Hoffmann, CEO da PagBrasil, comenta que a mudança do boleto bancário convencional para o boleto responsivo, principalmente com o Boleto Flash® – que oferece confirmação do pagamento em menos de duas horas – representou um aumento de até 11% nas conversões dos seus clientes.

Considerando o número de dispositivos móveis existentes no Brasil, que atualmente ocupa a 5ª posição global em número de smartphones, e que cada vez mais estes dispositivos se convertem na fonte favorita de acesso à internet no país, o potencial do m-commerce no país é imenso.

Por isso, é essencial que os lojistas online se preparem para este cenário e adaptem suas lojas para oferecer a seus consumidores não só uma excelente experiência de navegação, mas também a melhor experiência de pagamento, independentemente do método de pagamento escolhido. A médio prazo, esta adaptação é uma questão de sobrevivência.