Saiba como o IT Mirror e o Customer Magic Quadrant podem aprimorar a gestão do e-commerce de varejistas e indústrias
Por Mariano Gomide de Faria, Fundador e co-CEO da VTEX
Ampliar as vendas e cortar os custos, sem baixar a qualidade de produtos ou serviços, é a busca constante de qualquer operação de e-commerce, varejo e indústria. Especificamente nas empresas que estão em contínua transformação digital, alguns dos maiores desafios se concentram em expandir o diálogo entre as áreas de negócios e de tecnologia, e descobrir como agradar o cliente para que seu retorno seja recorrente.
Na minha visão, a reestruturação das áreas de negócios e TI e a avaliação minuciosa de compras orgânicas, proporcionadas pela aplicação das teorias do IT Mirror e pela análise do Customer Magic Quadrant, são fundamentais para superar esses obstáculos.
Do lado “interno” das companhias, proponho uma nova forma de pensar. Nela, a área de TI é eliminada do organograma e, ao lado de cada gestor de negócio, há um par programador ou técnico. Ou seja, os vice-presidentes teriam seu par de tecnologia que espelharia todas as suas funções e deveria também atingir todas as suas metas (com direito à mesma remuneração e bônus). Seguindo essa linha, o CEO segue ao lado do CEO IT Mirror, Diretor de Operações IT Mirror, Diretor de Vendas IT Mirror, e assim sucessivamente, para que cada área cuide de sua unidade de serviço de forma completa, decidindo o que, para ela, é melhor em termos de soluções tecnológicas. Com o IT Mirror, as empresas ganham velocidade e eficiência, e o profissional técnico passa a entender do negócio como um todo, além de conhecer as especificidades da gestão focada em resultados e não mais em projetos.
Um dos ganhos é garantir que o Management e o Management IT Mirror não apenas atuem juntos, promovendo rapidez nas decisões e na escolha das melhores práticas para sua gestão em par, mas que esse movimento permita às empresas ganhar margem no bottom line, eliminar a tecnologia como área matricial e competir neste novo mundo digital.
Do lado “externo” das companhias, o Customer Magic Quadrant é o pote de ouro da interação no e-commerce. Sabemos que o segredo do varejo online sustentável está na capacidade de aumentar dois KPIs: os Pedidos Recorrentes Diretos e Orgânicos (DORO – Direct and Organic Recurrent Orders) e o Valor Médio dos Pedidos (AOV – Average Order Value). Se os números de DORO e AOV forem bons, a empresa realmente é focada nos clientes. Se esses valores não forem essenciais para a companhia, indica que a operação está mais voltada para os produtos e receita de compras, algo que não tem se mostrado sustentável.
Juntos, DORO e AOV formam um quadrante que desenha o que os clientes pensam sobre a empresa e de que maneira estão dispostos a consumir seus produtos e serviços. Marcas que valorizam os clientes e buscam entender a opinião deles criam uma relação pura de fidelidade e prosperam no mercado digital.