O planejamento de uma operação de comércio eletrônico é crucial para o seu sucesso e a escolha da plataforma de e-commerce é um importantíssimo pilar de sustentação. Nessa fase, é comum surgirem dúvidas sobre os modelos existentes e o questionamento em relação às soluções código aberto, por exemplo, Magento, Open Cart, OS Commerce, etc, principalmente nos possíveis custos envolvidos.
Idealmente, o modelo de código aberto é visto como um conceito que favorece a colaboração em massa, mas na prática não é o que acontece! Vamos imaginar o mundo ideal, ou seja, essa sucessão: solução código aberto gratuita, códigos-fonte como propriedade da empresa, novas funcionalidades sendo desenvolvidas e inexistência de vínculo com uma empresa de desenvolvimento específica.
Ok, o download do código modelo de código aberto é grátis, mas e depois?
Alguém terá que fazer a implantação, customização e sustentar essa solução, com hardware e monitoramento, para mantê-la disponível, sempre evoluindo e apresentando diferenciais competitivos.
Na maioria das vezes, a customização modifica as características da solução que não fica mais amigável à instalação de novas funcionalidades disponíveis pela comunidade, já que estas são compatíveis exclusivamente para as versões sem customizações.
Um outro fator é a nacionalidade tanto do código fonte quanto dos aplicativos desenvolvidos. Como eles são feitos para o mercado norte americano, a maioria dos aplicativos brasileiros não são homologados, gerando maior risco para o lojista ao instalar.
Essa instalação torna-se muito mais trabalhosa e a comunidade acaba não sendo aproveitada como poderia. Há ainda problemas de segurança próprios de soluções de código aberto, muito mais expostas.
Customização de uma solução código aberto
A customização pode trazer ainda outro entrave à empresa: torná-la refém da fornecedora. A equipe contratada para implantar e customizar concentrará todo o conhecimento do projeto, criando um vínculo forte com todas as regras de negócio da plataforma, amarrando-a a essa solução.
Por último, ter o código-fonte não é somente uma desvantagem, já que ele é um ativo da empresa que depreciará caso não tenha um investimento contínuo em evolução e inovação.
Não fosse só isso, algumas empresas escolhem implantar e customizar internamente, o que acarreta em falhas de infraestrutura. Sem contar que acabam desperdiçando energia que poderia ser direcionada ao seu foco principal – e isso impacta diretamente os resultados e custos. Portanto, não existe “almoço grátis”!
É interessante observar que a adesão das soluções código aberto seguiu o mesmo ciclo de vida observado com outras tecnologias. O entusiasmo dos pioneiros foi seguido por uma adesão em massa que dava a sensação de crescimento acelerado. Então veio a fragmentação: empresas começaram a customizar suas soluções descaracterizando o open source e criando um novo ciclo com um projeto próprio.
A conclusão é que uma solução de código aberto, dentro do modelo de posse do código-fonte, acaba se confundindo com as linguagens de programação. Uma solução código aberto poderá concorrer diretamente com uma linguagem de programação e a equipe implantadora irá concorrer com soluções comerciais do mercado.
Também é preciso levar em conta todos os custos envolvidos em uma operação com uso de software código aberto: Hardware, Equipe Interna e/ou Externa, valor do esforço para a evolução da plataforma, bem como implantação de novas funcionalidades e correções.
Por outro lado, soluções no modelo SaaS (Software as a Service) estão tendo cada vez mais adesão. Diversas empresas como Consul, Brastemp, Sony, Electrolux, Disney, L’oreal entre outras, já possuem seus ecommerce com esse tipo de tecnologia.
Esse modelo garante ao lojista foco no que realmente é importante para sua operação: “vender e entregar”. Confira os benefícios desse modelo.