Esse é o terceiro artigo da série A Revolução dos sistemas de gestão imposta pela Omniera. Nos conteúdos anteriores, falamos sobre como se dá essa revolução e como ocorre o advento à economia colaborativa.
Agora, vamos falar sobre como as mudanças lideradas pela vasta distribuição de informações na nuvem e a consolidação dos conceitos da gestão de grandes volumes de dados estão impactando os negócios.
Os dados agora são os protagonistas no mercado
Antigamente, usava-se com certa frequência a expressão “show me the money” no contexto corporativo, que, de forma bem prática, indicava que se você tem dinheiro, tem acesso às coisas.
Atualmente, essa expressão está sendo substituída por “show me the data” uma vez que os dados se tornaram mais importantes, em muitos contextos, do que o próprio dinheiro. Diga-se de passagem, na lista de unicórnios da Fortune, constam dezenas de startups que valem muitos bilhões de dólares e que estão fundamentadas, preliminarmente, em obter dados para gerar informações relevantes ao mercado.
Durante muito tempo, para ter acesso a aplicativos, compras online e serviços na web, as empresas solicitavam o preenchimento de um formulário. Muitas pessoas desistiam de se cadastrar porque não queriam preencher tal formulário.
O mobile tornou o fornecimento de informações mais simples. Você vai se cadastrar em algum aplicativo, por exemplo, e aparece a opção de usar sua conta do Facebook e/ou do Google para fazer a inscrição mais rapidamente e de forma descomplicada. A expressa maioria das pessoas opta por esse caminho.
Se já havia conteúdo de toda natureza na internet há dez anos, com o advento desse tipo de facilitador, as informações estão mais vastas do que nunca.
Com tantas informações online e com tantos facilitadores para o compartilhamento de informações (blogs, fóruns, redes sociais, etc.), não é de se admirar que estamos vivendo a era da abundância da informação. Na web, é possível encontrar praticamente tudo se você souber procurar. A esse novo paradigma deu-se o nome de Big Data.
O Big Data
Esse imenso volume de dados estruturados e não-estruturados impacta os negócios no dia-a-dia, exigindo ferramentas especialmente desenvolvidas para lidar com grandes quantidades
O mais importante, no entanto, não é o volume de dados, e sim a análise dessa amostra imensa. Ela é relevante para a geração de resultados relevantes, para tomadas de decisão coerentes e assertivas e para a obtenção de insights que levam a decisões melhores e direcionamentos estratégicos para o negócio, afinal, cada vez mais o que as empresas fazem com os dados é fundamental. Não ter uma estratégia para usar Big Data em favor do seu negócio pode abrir espaço para concorrentes mais ávidos por conhecimento.
O termo Big Data é atribuído a Douglas Laney, VP do Gartner Group. Laney é responsável:
- pela equipe de estratégia de dados;
- por Infonomics – a economia da informação;
- por pesquisas de informação e inovação;
- por pesquisas de grandes dados e análises de casos de uso, a monetização de dados, dados abertos e licenciados;
- e por estruturas organizacionais para gerenciamento de dados.
Ele conduziu análises e projetos de informação relacionados em cinco continentes e na maioria dos segmentos de mercado.
O termo Big Data surgiu em meados de 2001 como resultado de uma pesquisa realizada por Laney. A pesquisa foi denominada de 3D Data Management: Controlling Data Volume, Velocity and Variety e nela Laney fundamentava os três pilares do Big Data, a saber:
Volume
Organizações coletam dados de uma grande variedade de fontes, incluindo transações comerciais, redes sociais e informações de sensores ou dados transmitidos de máquina a máquina. No passado, armazenar tamanha quantidade de informações teria sido um problema, mas novas tecnologias têm suportado essa carga.
O volume já é medido em Zettabytes o que equivale a 1.073.741.824 Terabytes, ou seja, mais de 1 bilhão de Terabytes. Esse volume imenso é guardado fisicamente em diversos locais físicos, no entanto, são dados que estão acessíveis através da Internet.
Velocidade
Os dados fluem em uma velocidade sem precedentes e devem ser tratados em tempo hábil. Etiquetas RFID, sensores, smartphones e contadores inteligentes estão impulsionando a necessidade de lidar com imensas quantidades de dados em tempo real.
A velocidade trata da possibilidade de obter dados sobre um determinado acontecimento em tempo real, não só de acontecimentos internos do negócio, mas, sobretudo acerca de acontecimentos em todo o mundo, como o surgimento de um modelo de negócio diferenciado ou uma catástrofe mundial que pode afetar os negócios. Ter informações em tempo hábil pode salvar vidas e empresas.
Variedade
Os dados são gerados em todos os tipos de formatos – dados estruturados, dados numéricos em bancos de dados tradicionais, documentos de texto não estruturados, e-mail, vídeo, áudio, dados de cotações da bolsa de valores e transações financeiras.
Determinar uma forma de lidar com dados não estruturados pode ajudar as empresas a encontrar oportunidades de negócio que nunca estariam disponíveis em um banco de dados estruturado, como o de um sistema ERP.
Os três V’s apresentados por Laney em 2001 representam as dimensões do Big Data. Mais recentemente foram incluídos mais 2 V’s à definição do Big Data, como:
Veracidade
As informações da Internet nem sempre são confiáveis, por isso o pilar Veracidade ganhou força no Big Data para determinar a veracidade do conteúdo. Nesse sentido, é preciso destacar o que é relevante em meio a tanta informação e garantir que trará conhecimentos importantes para compreender melhor o consumidor e o seu comportamento. Veracidade, portanto, trata de dados de dinâmica humana registrados, por exemplo, na interação em redes sociais ou nos rastros de navegação. Os dados registrados devem ser fidedignos, pois representam interações reais.
Valor
Não é bastante ter acesso a infinitas informações. Melhor seria ter informações que agreguem valor ao negócio. Quando há a capacidade de compreender as informações, separar o que é relevante do que é dispensável, certamente haverá a possibilidade da criação de negócios mais eficientes e rentáveis.
Quando nos referimos aos sistemas ERP idealizados para a Omniera que lidam com os mais diversos canais de negócio e centralizam informações sobre todas as atividades do negócio, já estamos diante de um universo de informação bastante grande.
Juntar as informações desse ERP aos dados da loja virtual ou marketplace cria um repositório ainda mais consistente para a tomada de decisões. O que nos espera no futuro bem próximo, no entanto, é mais profundo, pois prevê a possibilidade de o sistema ERP unificar as informações do negócio com outras fontes de informação para conhecer comportamentos e atender anseios de consumidores – compreensão sistêmica da jornada do consumidor, permitindo que as empresas usem as análises preditivas em tempo real, como no checkout de uma loja física de varejo.
Um bom exemplo de integração das informações do sistema ERP com dados externos seria importar os dados do Google Analytics para dentro do sistema ERP e poder criar indicadores de desempenho que usam o que está acontecendo na loja online com o que está acontecendo nas atividades internas da empresa, como nos processos relacionados ao OMS.
Mas, de fato não há limites nem precedentes para tais informações. A partir do momento em que os robôs começaram a capturar as informações de navegação e interação – vide chatbots – abriu-se uma janela para infinitas possibilidades que vão desde a possibilidade de uma aplicação assistir vídeos na internet, aprender sobre determinado assunto tratado nesses vídeos e converter seu aprendizado em informações estruturadas nos sistemas de gestão para direcionar melhor os negócios.
Veja, estamos falando de unir o desconhecido que está contido em dados não estruturados como vídeos, áudios, imagens, informações climáticas, músicas e documentos nos mais diversos formatos que estão distribuídos aleatoriamente na internet com os dados estruturados no sistema de gestão idealizado para Omniera, de forma a ter dados que gerem informações interessantes sobre comportamentos de compra e análises preditivas.
Alguém até pode achar que estamos muito longe dessas possibilidades, mas já existem alguns players de sistemas ERP adquirindo experiências com o Big Data, integrando fontes de dados externas ao ERP e criando suítes de tomada de decisão que vão além do tradicional planejamento e gestão oferecidos pelos sistemas ERP tradicionais, legados e monolíticos.
Esses modelos, por sua vez, estão morrendo por falta de tecnologia e por falta de entendimento dos novos cenários impostos com o advento da Omniera.
Não hesite em trocar seu ERP velho/legado/monolítico por sistemas mais complexos, completos e sofisticados – idealizados para a Omniera. Aos conhecedores do mercado ERP, é de conhecimento geral as deficiências de segurança que levaram um grande player do mercado mundial a ser case do FBI. Também é de conhecimento geral as milhares de empresas (especialmente atacadistas e distribuidores) que quebraram aqui no Brasil na última década ao adotar um sistema ERP monolítico, caro e ineficiente de um player importante do nosso mercado.
Seu ERP está preparado ou se preparando para lidar com Big Data?