Um erro comum dos donos de lojas virtuais é pensar que o único modo de conversar com o seu cliente é através do próprio e-commerce. Uma loja virtual é como qualquer outra loja. Precisa da eficiência da tríade composta por posicionamento, identidade e reputação. Precisa estar alinhada nos famosos 4’ps do marketing: preço, praça, produto e promoção. Precisa conversar com o seu cliente, precisa entender quem é esse consumidor, quais são suas necessidades, seu comportamento e, dessa maneira, não apenas fazer a ponte entre o produto e sua entrega, mas estabelecer relações duradouras e legítimas. Acredite, a fidelidade é um dos pilares de uma gestão de marca.

O Instagram, por sua vez, tem sido uma excelente vitrine para que marcas se tornem cada vez mais fortes, reforcem seu posicionamento e, por consequência, transformem likes e follows em vendas online. Mas como estabelecer um relacionamento adequado e conversar com o público alvo, a fim de que esses seguidores, de fato, sejam potenciais compradores?

O primeiro passo para um bom posicionamento é a segmentação. Após criar um perfil no Instagram para a loja, colocar um conteúdo explicativo e resumido na bio, é preciso entender:

  • Com quem eu vou falar?
  • Para quem eu estou falando?
  • Como eu vou falar?

Uma das maneiras é a criação de personas, que nada mais são que representações fictícias de seus possíveis clientes. Por exemplo: em uma loja de roupa feminina voltada para o público jovem, uma possível persona seria: Luísa, 23 anos, estudante universitária, moradora da Zona Sul do Rio de Janeiro, adepta ao vôlei de praia. A partir disso, enquanto marca, você pode alinhar os interesses do consumidor ao seu produto, alternando entre diferentes personas e, principalmente, utilizando o Instagram para mostrar a que veio.

Além de técnica de personas, você consegue chegar ao seu público alvo através de patrocínio de seus posts ou utilizando ferramentas de automação. Nessas ferramentas, é possível selecionar perfis que sejam seus concorrentes diretos, além de hashtags que tenham relação com seu target. Automaticamente, a ferramenta fará a interação com os seguidores desses perfis (curtindo, comentando e seguindo), os quais, em maioria, se convertem em followers para o seu próprio perfil. Dessa maneira, reforçamos a ideia de que quantidade não é qualidade, sobretudo quando falamos de marketing digital. São mais válidos dez mil seguidores que se enquadrem dentro do seu público, a um milhão de seguidores que não tenham interesse em seus produtos.

Dentro desse contexto, outra ferramenta que viabiliza o alcance ao público alvo, sobretudo quando se trata de lojas virturais, é a Instaby. Basicamente, a plataforma replica o feed do Instagram no site da loja, de modo que, ao clicar na foto do produto que gostou, o cliente vai direto à página de compra. Dessa maneira, o trajeto entre ver, gostar e comprar se torna mais rápido, mas eficiente e, sobretudo, mais vantajoso para os e-commerces.

É necessário lembrar que é importante planejar o conteúdo. O Instagram de uma loja virtual precisa retratar a voz da marca. Não adianta postar dezenas de fotos de seus produtos com seus respectivos preços e especificidades. Não é efetivo construir personas sem estabelecer um diálogo com elas. É preciso criar conteúdo estratégico, que promova engajamento, que chame a atenção e que, sobretudo, gere resultados melhores que apenas uma venda instantânea.

Lembre-se: uma blusa vermelha com decote nas costas por R$ 59,90 não é apenas isso. Ela é uma blusa autêntica, usada pela blogueira X, ideal para looks ousados e estilosos, tendência das principais passarelas.Amplie o seu produto. Faça valer a pena a migração das visitas ao seu Instagram para o botão “comprar” de sua loja. Responda, interaja, atinja. Aproveite a era da convergência de plataformas e utilize tudo aquilo que o Instagram pode oferecer a sua loja virtual. Não faça dele a exposição de um varejo. Faça dele a exposição e a consequente lembrança da sua marca na mente de seus consumidores.