Passamos da metade da nossa série A Revolução dos sistemas de gestão imposta pela Omniera e, neste sétimo artigo, veremos como os Beacons estão se tornando uma tecnologia fundamental aos pontos de venda por unirem informações online com as de produtos nos pontos de venda.
É possível acessar os artigos anteriores desta série nos seguintes links:
- Artigo 1 – A Revolução: https://goo.gl/rnCLNR
- Artigo 2 – Advento da economia Colaborativa: https://goo.gl/QeT4uJ
- Artigo 3 – A aplicabilidade do Big Data nos negócios: https://goo.gl/xW31ED
- Artigo 4 – O impacto da internet das coisas sobre a gestão de empresas: https://goo.gl/VkMQNN
- Artigo 5 – Como a computação in-memory mudará o paradigma da obtenção de informações em tempo real: https://goo.gl/qZGB6q
- Artigo 6 – Wearables – a revolução silenciosa na forma de se vestir: https://goo.gl/EavJJ8
Introdução
Beacons são dispositivos de proximidade que emitem informações diretamente aos aplicativos de smartphones por meio da tecnologia Bluetooth. A tecnologia dos beacons é denominada de Indoor Proximity System que, na prática, permite localizar objetos ou pessoas que estejam carregando tais objetos com muito mais precisão dentro de ambientes fechados. Portanto, pode-se afirmar que os beacons estão para ambientes fechados assim como o GPS está para ambientes externos.
Em essência, a tecnologia beacon permite compreender a posição de um usuário de smartphone em uma escala local e entregar conteúdo contextual sobre produtos, serviços e informações institucionais para esses usuários com base em sua localização.
A tecnologia de comunicação utilizada pelos beacons chama-se Bluetooth Low Energy. O principal objetivo para a utilização de beacons é permitir a interação mais rápida de possíveis consumidores com seus interesses que são ofertados pelas empresas. Por exemplo, em uma loja de roupas e acessórios, quando um consumidor se aproximar da vitrine, pode receber detalhes de um vestido ou calça que estão na loja, tais como: tipo de tecido, preço, opções de cores, opções de tamanhos, itens relacionados (conjuntos e kits), dentre outras informações.
Em geral, os beacons tem um alcance médio de 50 metros, ou seja, para corredores de shopping centers, por exemplo, é uma iniciativa bastante viável, assim como para o interior de lojas, como materiais de construção, supermercados, lojas de esportes, magazines, comércio em geral, além de museus, teatros, locais de eventos e festivais, casas de shows, casas noturnas, bares, resorts, aeroportos, escolas e assim por diante.
Aplicação de Beacons nos negócios da Omniera
Os beacons apresentam custos bastante acessíveis, podem ser instalados em paredes, em produtos ou em vitrines, permitindo a comunicação entre empresa e público por meio da localização e sem a necessidade de acesso à internet, já que utiliza tecnologia Bluetooth do smartphone para enviar as mensagens.
Essa tecnologia permite inúmeras possibilidades para transmitir informações relevantes em tempo real, como, ao fazer compras no supermercado, receber dados de produtos, como promoções, informações nutricionais e até mesmo receitas. Outros aplicativos podem criar listas de compras e mapear o local com a indicação de onde estão as mercadorias que o consumidor procura ajudando o cliente a encontrar o que procura dentro do supermercado.
Restaurantes e lanchonetes podem utilizar a tecnologia para exibir seus cardápios no smartphone do consumidor. Na área de saúde, os beacons podem dar a localização exata, dentro de um hospital, clínica ou laboratório, onde o paciente deve fazer determinados exames, diminuindo filas nos pontos de atendimento e recepção, facilitando todo o processo.
Em locais de grande circulação de pessoas, como shopping centers, shows e locais de eventos, é possível utilizar o beacon para identificar um consumidor, registrando que ele esteve no local, disparar ações de marketing personalizadas, armazenar o tempo que o consumidor esteve no local e confrontar com eventuais compras que ele tenha feito. Em uma próxima visita desse consumidor, seria possível enviar ofertas de acordo com o perfil dele, gerando uma ação mais assertiva e segmentada.
Em shopping centers, casas de shows e eventos seria possível, ainda, compartilhar com os consumidores a agenda de eventos, agenda do cinema, localização de banheiros, promoções que estão em andamento, etc.
De forma bastante simples, quando a comunicação é estabelecida, existem duas ações que podem ser tomadas pelo sistema, a saber:
Ação passiva
A ação passiva trata simplesmente de armazenar que aquela conexão aconteceu na memória local ou em algum banco de dados. Por exemplo, armazenar que o smartphone de código 999999 se aproximou do sensor de código 888888888, que, traduzido, significa que um consumidor portando determinado smartphone esteve na seção de roupas infantis.
Ação ativa
A ação ativa acontece quando essa comunicação dispara alguma atividade no smartphone do consumidor. Por exemplo:
- a emissão de uma notificação de boas-vindas;
- uma sugestão que o consumidor faça check-in em alguma rede social indicando que ele está visitando a loja ou usando uma prática comercial;
- ou o envio de uma notificação ao consumidor de que determinado produto da seção de roupas infantis está em promoção.
Requisições e oportunidades de uso dos beacons
Deve ficar claro, no entanto, que o smartphone nunca envia dados sobre o consumidor para o beacon de forma autônoma, evitando problemas de privacidade e segurança, devendo o consumidor autorizar explicitamente quando quiser que isso aconteça. O mesmo princípio se aplica a questões geográficas, pois os beacons não conseguem detectar ou extrair do smartphone a localização geográfica exata, ele determina que um smartphone está nas proximidades, ao seu alcance. Os beacons, também, não conseguem instalar aplicativos no smartphone de um consumidor, por questões de segurança.
Os beacons funcionam em sistemas operacionais diversos, como iOS, Android e Windows desde que o smartphone conte com Bluetooth 4.0 ou superior. Um ponto determinante para que a experiência com beacons ocorra perfeitamente é a necessidade de o usuário ter um aplicativo instalado em seu smartphone. O que poderia ser considerado um grande problema, uma vez que várias pessoas podem não querer instalar um aplicativo exclusivo, tornou-se uma grande oportunidade de mercado.
As empresas oferecem cupons de desconto e conteúdo relevante em aplicativos que tornam-se usuais pelos consumidores. Esses aplicativos têm, além dos cupons e do conteúdo, as possibilidades de interação com beacons. Quando uma pessoa compra, por exemplo, um ingresso para um festival, acaba instalando o aplicativo do evento para saber com detalhes tudo o que acontecerá no evento, checar os horários dos shows que quer assistir e assim por diante. Quando chega ao festival, o aplicativo usa os beacons para tornar a experiência desse consumidor ainda mais interativa, dando a ele informações sobre o que está ocorrendo no momento, a localização dos banheiros e da área de alimentação e compras de brindes do evento com suas respectivas opções que podem incluir comprar um item diretamente no aplicativo.
Conclusão
Como os beacons e os respectivos aplicativos corroboram para agilizar os processos comerciais e dar maior comodidade e conforto aos consumidores, naturalmente, as aplicações que sustentarão as estratégias comerciais por trás dos beacons serão os sistemas ERP, pois eles são os grandes repositórios onde as estratégias comerciais e as informações históricas de compras dos clientes estão mantidas. Portanto, é natural que dentro de pouquíssimo tempo os ERPs popularizem a utilização dos beacons nas mais diversas esferas de negócios que já são planejados e geridos através de sistemas ERP.