A NRF 2024 chegou ao fim, deixando-nos com valiosos insights não apenas provenientes da maior feira de varejo do mundo, mas também de toda a atmosfera envolvente ao longo desta semana: diálogos com clientes e parceiros, visitas técnicas, palestras de renomados líderes da indústria, além de inúmeras oportunidades de networking.
A discussão do último ano focou em “fazer o básico bem feito”. Em 2024, os debates seguiram essa linha, mais focados no curto prazo e menos futuristas, partindo do princípio que as empresas não têm tempo a perder quando buscam eficiência e lucro.
Dado o cenário macroeconômico, no qual os juros ainda continuam em patamares elevados, o plano de fundo das discussões foi eficiência, produtividade e lucro. Mesmo as agendas de inovação também foram pautadas nesses três pilares.
5 tendências na NRF
Novas tecnologias, foco na jornada de compra do cliente e como transformar a inteligência artificial em um aliado foram as principais provocações da NRF 2024. Foram 450 speakers, 7 dias de conversas, os insights são inúmeros e os debates muito ricos.
Separamos os 5 tópicos de discussão mais relevantes nesse contexto. Entenda o que esperar para o ano de 2024 quando se trata de comércio digital, varejo e experiência do consumidor.
1. Inteligência artificial e suas aplicabilidades
A inteligência artificial foi a palavra do ano de 2023 e o centro da maior parte dos debates e painéis na NRF 2024. Mas não é só sobre robôs e iniciativas complexas.
O foco das discussões é em como a inteligência artificial pode ser um catalisador em colaboração com processos estabelecidos por seres humanos, trazendo mais produtividade e redução de custos. A inteligência artificial entra como co-pilota dos negócios, com aplicações na precificação, cobrança, estoque, atendimento ao consumidor, CRM.
A inteligência artificial vira aliada dos times de dados, de relacionamento com o cliente e de vendas. A IA aprende, com os dados disponíveis, a forma como os consumidores se comportam, quando e como compram, quais as taxas de conversão, entre outras informações.
Desde descrição de produtos até uma nova linha de código, a IA generativa está transformando a criação e descoberta de conteúdo, a pesquisa, o atendimento ao cliente e a eficiência do desenvolvedor. A IA generativa pode ser usada para melhorar as interações com os clientes, explorar dados não utilizados e ajudar com tarefas repetitivas.
O AI Search Relevance da VTEX, por exemplo, é uma ferramenta que auxilia a otimizar o processo de busca dos consumidores a partir de uma análise dos produtos que geram mais receita para o lojista. Com base nisso, a IA consegue recomendar o produto que é melhor para o cliente e para o lojista automaticamente, a partir da palavra chave que é digitada no campo de busca do site. Isso gera mais conversão, já que os resultados são mais certeiros e baseados em dados.
Mas, é importante que os dados estejam organizados. Isso é fundamental para que a inteligência artificial consiga entregar as respostas e diagnósticos relevantes para o futuro das operações dentro do ecommerce.
A “tendência” é uma realidade. 49% dos profissionais do varejo no mundo já revelaram que suas empresas pretendem investir em IA generativa no próximo ano.
Quer saber mais sobre inteligência artificial, futuro e possibilidades dessa ferramenta? Confira o episódio do Café com VTEXers sobre o tópico, com o diretor de product management da VTEX, Alexandre Gusmão.
2. Retail media e conteúdo no centro das vendas
O cenário do processo de compra está passando por transformações significativas, onde a capacidade de decisão do consumidor é cada vez mais impulsionada pelo conteúdo, em contraste com a necessidade do produto. A jornada de compra deve ser iniciada com o conteúdo e a venda é consequência. Dentro desse contexto, existem dois tópicos: o retail media e o content driven commerce. Ou seja, não é só o conteúdo da marca, mas também se tornar a plataforma para conteúdos de terceiros.
O varejo, tradicionalmente envolvido em interações de marca no ponto de venda, agora está ampliando essa abordagem sob o termo do retail media, uma evolução do tradicional “trade marketing”. O conceito de retail media implica que as empresas utilizem o site do ecommerce como um “espaço” de mídia, impactando o consumidor com conteúdos diversos, integrados de maneira fluida em sua jornada de compra. Tanto o varejo quanto a indústria reconhecem o valor de ter o consumidor em suas lojas e websites, não apenas para consumir produtos, mas também como um ponto de contato estratégico.
Até o final de 2023, espera-se que o mercado de retail media alcance um investimento de 128 bilhões de dólares, de acordo com dados do Global Ad Trends da Warc. A perspectiva é de crescimento contínuo, indicando que o segmento atingirá 141 bilhões de dólares globalmente em 2024 e que tem potencial de superar os investimentos em mídia de TV e TV conectada nos próximos quatro anos.
No Brasil, a retail media já se configura como uma nova fonte de receita, não apenas no espaço digital, mas também no físico. Atualmente, 70% da verba publicitária está no ambiente digital, sendo que 25% desse valor é direcionado para retail media. Essa estratégia beneficia marcas e varejistas, promovendo a colaboração na troca de conteúdo e dados, resultando em uma experiência de venda cada vez mais personalizada.
Além disso, também surge a tendência do content driven commerce, onde o conteúdo desempenha um papel crucial nos resultados das empresas. A prova disso é o crescimento do TikTok, com bilhões de usuários que consomem conteúdos pelo Tik Tok Shop. Hoje, 50% usuários compram produtos nas sessões de live shopping do Tik Tok, tendência muito vista no mercado oriental e que já chegou com força nos Estados Unidos e também no Brasil.
Os clientes VTEX que usam o VTEX Live Shopping reportaram, em média, 15% de aumento no GMV e 16% no aumento do número de pedidos. As lives ficam guardadas por tempo indeterminado, então também gera conteúdo extra para redes sociais e páginas de produto, por exemplo.
3. Consumidor no centro, comércio unificado e a importância das lojas físicas como hub logístico e concierge
O conceito de unified commerce, marcado pela integração total dos canais de venda, continua a ganhar relevância. Em uma era em que o consumidor desempenha um papel central nas estratégias a abordagem da marca deve orbitar em torno dele, com ferramentas de coleta de dados, segmentação e análise de comportamento como guias.
À medida que os canais de vendas se tornam cada vez mais interconectados, a experiência do consumidor emerge como um fator-chave. A personalização e a adaptabilidade são essenciais para garantir que a interação do consumidor seja não apenas consistente, mas também enriquecedora.
As lojas físicas assumem um novo papel estratégico: tornam-se hubs logísticos para aprimorar a experiência do consumidor e otimizar custos para a marca. Os vendedores, integrados ao ecommerce, funcionam como verdadeiros concierges. Produtos como o VTEX Personal Shopper, confere mais oportunidades de venda para o vendedor em loja e uma nova maneira de comprar para o consumidor, proporcionando atendimento individualizado e personalizado. De acordo com Alberto Serrentino, founder do BTR Varese, todas as lojas devem se transformar em flagships de referência, com integração vendedor-ecommerce.
Essa abordagem centrada no cliente não apenas fortalece os laços entre a marca e o consumidor, mas também contribui para o desenvolvimento de uma experiência de compra satisfatória.
4. Pragmatic composability
O comércio composable chega para resolver as limitações de plataformas e sistemas legados. Uma arquitetura de composable commerce, construída pela montagem de uma multiplicidade de soluções de ponta, pode abordar efetivamente a necessidade de flexibilidade nos negócios. O conceito de pragmatic composability está sendo abordado pelas grandes plataformas de comércio digital do mundo e a VTEX não fica atrás.
Você pode optar por criar uma arquitetura totalmente sob medida, aceitando a complexidade inerente da TI e a sobrecarga de manutenção da plataforma que vem com ela, ou pode aplicar pragmaticamente o comércio composto. Sua escolha é entre adotar o melhor da categoria com liberdade ilimitada ou compor apenas o que trará uma vantagem competitiva e um alto ROI para sua empresa.
A VTEX participou pela segunda vez do NRF Big Ideas, apresentando o case de sucesso da Hearst, uma das maiores empresas de mídia do mundo. Com o comércio composable, a Hearst conseguiu implementar uma arquitetura de marketplace dentro da sua estrutura de negócios com múltiplos vendedores.
5. Fidelidade e estratégias de redução do custo de aquisição de clientes
No atual cenário do varejo, onde os varejistas buscam eficiência e rentabilidade, a redução do custo de aquisição do cliente tornou-se crucial diante do aumento significativo provocado pela crescente presença online e a extensão do tempo que os consumidores passam na internet. A pesquisa realizada pela SimplicityDX revelou um aumento de 222% nos custos de aquisição de clientes nos últimos oito anos.
Uma estratégia eficaz para enfrentar esse desafio é intensificar o engajamento do cliente, incentivando compras frequentes e aumentando o valor do ciclo de vida do cliente. Estratégias como programas de cashback, recompensas e fidelidade podem ser implementadas com sucesso. Programas de fidelidade, em particular, promovem uma maior interação do consumidor com a marca, resultando em aumento do ticket médio e na geração de dados valiosos sobre seus padrões de consumo diário.
Na VTEX, alguns clientes implementam programas de afiliados que envolvem consumidores, funcionários e grupos exclusivos. Essa abordagem não apenas oferece benefícios controlados, permitindo a diversificação das recompensas, mas também fortalece o vínculo do consumidor com a marca, tornando-os mais leais e menos propensos a trocar por concorrentes.
Não fique para trás
A quantidade esmagadora de novos produtos e estratégias pode parecer muito, mas o segredo está em focar no que realmente importa. Com a VTEX, você pode escolher eficiência para as suas vendas digitais ao compor e testar funcionalidades que irão trazer benefícios para o seu negócio.