Todos na Argentina conhecem a Frávega e, com uma história de mais de 110 anos, não é difícil entender o porquê. A empresa conquistou gradualmente o seu lugar no setor de eletrodomésticos, operando mais de 100 filiais físicas em todo o país e chegando a dedicar-se à fabricação. Mas apesar de suas antigas raízes já estabelecidas, a Frávega está longe de ser uma empresa obsoleta, principalmente devido a uma fórmula anti-envelhecimento altamente eficaz: o desenvolvimento tecnológico sustentável.
Adotando o omnichannel
Há alguns anos, a Frávega previu que o simples fato de ter uma operação de ecommerce seria, em breve, insuficiente em um ambiente cada vez mais competitivo. Em vez disso, a Frávega acreditava que uma estratégia omnichannel robusta ditaria as regras do jogo por meio da união de operações online e offline e considerações de TI e negócios, tudo em prol do cliente.
“O Omnichannel é o principal impulsionador da união entre as operações online e offline, e sempre considera o cliente como prioridade. Sabemos que, tendo o omnichannel presente em cada área das nossas operações, podemos proporcionar uma melhor experiência ao cliente”.
Mas para a Frávega estar à frente desta tendência, ela precisava intensificar a sua transformação digital de forma significativa, a partir de sua mentalidade interna e a sua estrutura. Por exemplo, a equipe de TI, que apoiava principalmente as operações das filiais, teve também que se envolver mais com o ecommerce. Da mesma forma, a equipe de desenvolvimento de produtos, inicialmente focada no suporte ao ecommerce, teve que aumentar significativamente o tamanho da sua equipe de designers e se aproximar do varejo físico para oferecer soluções tecnológicas dando suporte aos dois canais. Por fim, para garantir que ambas as equipes estivessem alinhadas com o omnichannel, uma estrutura de gestão unificada foi estabelecida.
“Antes, a área de TI era considerada um mal necessário. Hoje, se você não construir sistemas que também sejam versáteis, permitindo que você dê suporte a toda a estratégia, você estará muito atrás de sua concorrência.”
E assim, com uma visão clara e uma equipe capacitada, a Frávega foi se desenvolvendo, tornando-se uma empresa de varejo voltada para a tecnologia.
Desenvolvimento de produtos sustentáveis
Construir todas as soluções internamente é mais fácil na teoria do que na prática. De fato, a Frávega, que como muitas outras grandes empresas varejistas adotam a tecnologia como o Grupo Soma e a Cobasi, afirma que nem mesmo deve-se tentar porque qualquer desenvolvimento interno vem com a responsabilidade de manutenção, evolução e controle de qualidade constantes. Se você adquirir responsabilidades demais, a sua equipe e estabilidade financeira podem ser fortemente afetadas a partir de determinado momento, um conceito formalmente conhecido como rendimentos decrescentes.
“Decidimos assumir o controle dos aplicativos que acreditamos serem essenciais para o nosso negócio. Estamos escolhendo nossas batalhas de acordo com o que acontece no mercado e se é importante para a Frávega ter uma solução customizada que impacte o cliente final”.
Na verdade, há uma linha tênue entre o desenvolvimento de produtos construtivo e destrutivo, o que requer uma seleção cuidadosa e priorização de projetos de acordo com critérios rigorosos. Para a Frávega, os critérios incluem time-to-market, dificuldade de implementação e impacto no ecossistema da Frávega. Em resumo, todas as adições de novos produtos devem de alguma forma preencher a lacuna entre os mundos físico e online.
“Ao avaliar se devemos construir uma solução ou não, o time-to-market é uma das nossas principais considerações; quanto tempo levaria para implementá-la e para que os usuários a aproveitem? Por outro lado, temos a questão da complexidade. Não é apenas plug-and-play, deve estar conectada ao mundo Frávega, por isso precisamos analisar o impacto que ela tem na operação atual e na estratégia omnichannel”.

Como a Fravega está usando a tecnologia headless da VTEX
Um elemento considerado digno de desenvolvimento interno era o sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS). A Frávega utiliza a VTEX Commerce Platform desde 2014, mas pretendia mudar e melhorar algumas partes do sistema de acordo com o que fosse mais adequado aos seus clientes; além disso, queria mais velocidade, flexibilidade e autonomia.
Consequentemente, a Frávega assumiu a parte superior do funil da experiência do usuário e começou a desenvolver uma nova página inicial, páginas de produtos e páginas de destino usando o React, além de vários outros recursos (por exemplo, geolocalização do usuário, mensagens do cliente), que foram gradualmente implantados ainda usando o carrinho e o checkout da VTEX. Os dois sistemas, o CMS proprietário da Frávega e a plataforma de ecommerce da VTEX, são conectados por meio de um processo amplamente conhecido como comércio headless, que, em poucas palavras, separa a experiência do cliente do front-end das funções de comércio back-end, permitindo que evoluam independentemente um do outro. Para garantir que as informações sejam consistentes em toda a jornada de compra, independentemente do sistema responsável, um middleware verifica a consistência do conteúdo. Desta forma, a Frávega pode personalizar o seu front-end enquanto se beneficia de elementos exclusivos como o PCI Compliance e o SmartCheckout da VTEX.
Esta abordagem de tecnologia headless é possível principalmente porque a arquitetura da VTEX, em seu núcleo, permite isso. A VTEX é construída como um SaaS multi-tenant e tem uma infraestrutura na nuvem baseada em microsserviços impulsionada por API, o que significa que qualquer varejista é livre para escolher se deseja manter a plataforma em sua totalidade ou chamar partes dela por meio de APIs. Essa flexibilidade, juntamente com a sabedoria de reconhecer os limites internos, é o que torna a tecnologia headless incrível, e o que permite à Frávega proteger e construir sobre o seu legado.
“A VTEX sempre nos apoiou, sempre nos deu uma mão. Até hoje, continuamos usando as suas APIs neste modelo headless.”