Uma das tarefas mais complicadas para muitos gestores de e-commerce é a decisão sobre a melhor forma de cobrar e receber o dinheiro. Para isso, existem 2 opções: adquirentes e subadquirentes, também conhecido como facilitadores.
Essa escolha é delicada porque envolve vários critérios de avaliação, como taxas, prazos de recebimento e suporte. Além disso, ela também impacta diretamente os resultados da sua loja, já que afeta sua taxa de conversão e seu fluxo de caixa.
Então, para simplificar um pouco a sua vida, este post vai distinguir os conceitos de adquirentes e subadquirentes. Logo após, apontaremos qual solução mais se adequa às suas necessidades. Acompanhe a seguir!
O que são adquirentes?
Os adquirentes são empresas licenciadas pelas bandeiras de cartão e sua função é liquidar as transações feitas nas lojas. As marcas mais conhecidas desse tipo de solução são a Cielo, Rede, GetNet, Adyen e Elavon, sendo as duas primeiras responsáveis por cerca de 90% de participação nesse mercado.
O processo de liquidação ocorre da seguinte forma: toda vez que um cliente tenta fazer uma compra em sua loja virtual no cartão de crédito ou débito, a adquirente entra em contato com a bandeira usada na transação.
A bandeira (Visa, Master Card, Elo, Amex, Dinners etc.) leva as informações da compra até o banco emissor do cartão do cliente (Santander, Itaú, Bradesco, BB etc.) para validar se há saldo disponível para compra.
Se estiver tudo ok no banco, a bandeira retorna as informações para o adquirente que, por fim, autoriza a compra junto ao e-commerce.
O prazo para o lojista receber o valor da compra varia de acordo com cada contrato, geralmente até 30 ou 31 dias, dependendo do mês, após a confirmação da compra. No entanto, esse prazo pode aumentar ou diminuir de acordo com o contrato firmado entre as partes e com a forma de pagamento usada pelos clientes (débito ou crédito à vista, parcelado).
As taxas aplicadas em cada tentativa de compra também variam em função dos mesmos critérios. Os adquirentes, para pequenos varejistas, normalmente cobram de 3% a 5% para realizar os processamentos de cada transação realizada na loja, sendo que as taxas mais altas vão para as compras parceladas.
Vantagens
A vantagem do uso de adquirentes é mais perceptível quando estamos falando de uma empresa que já possui lojas físicas, pois ao entrar no e-commerce, ela irá conseguir boas taxas. Grandes e-commerces conseguem taxas bem reduzidas, abaixo de 1,5%.
Outro ponto positivo está na possibilidade de trabalhar com mais de um adquirente, mantendo as melhores condições para cada uma das bandeiras. Vamos a um exemplo:
Ao conversar com a Cielo e a Rede, a proposta recebida foi:
Sendo assim, sua loja poderia transacionar Visa com Cielo e Master com Rede, obtendo um menor custo global.
Desvantagens
Ao adotar um adquirente, o lojista ainda precisará de outros agentes para garantir que todo o processo seja realizado. O primeiro é o gateway, que funciona como uma ponte tecnológica, conectando a sua loja diretamente com os adquirentes. Alguns players são Braspag e Adyen.
Também será necessário um sistema de gestão de fraude, afinal, por se tratar de uma compra não presencial, o risco de uma transação ser fraude é do lojista. Os sistemas de gestão funcionam como um termômetro, onde após analise dos dados do pedido, do comprador e do endereço de entrega, é dado uma nota indicando qual o risco daquele pedido ser uma fraude.
De posse dessa análise, o lojista pode tomar uma melhor decisão se aprova ou não o pedido. Porém, ainda é necessário correr o risco, mesmo que baixo, de ser uma fraude, além do novo custo somado a operação.
O que são subadquirentes?
Os subadquirentes, também conhecidos como facilitadores, são empresas que fornecem a partir de uma integração e um contrato, todos os elos da cadeia para que a loja possa cobrar e receber o dinheiro. Portanto, um subadquirente vai substituir:
- gateways;
- sistemas antifraude;
- risco de fraude;
- adquirentes;
- bancos;
- e conciliação bancária.
Esse é um serviço menos complexo e mais centralizador do que os adquirentes. Ele é oferecido por marcas como PagSeguro, Moip, Mercado Pago e PayPal, que também são conhecidas e bastante usadas no comércio eletrônico.
Vantagens
Uma das principais vantagens é que os facilitadores ou subaquirentes reúnem todas as soluções de pagamento em uma única ferramenta. Por exemplo, eles possuem seus próprios sistemas de gateways e de gestão de risco.
Isso garante:
- redução de burocracia;
- tempo de lançamento da loja;
- menor risco para o lojista;
- facilidade no processo de gestão dos meios de pagamento;
- permite o foco em outras áreas;
- ganhos de escala.
Desvantagens
A primeira desvantagem pode ser vista com o custo de um facilitador, principalmente para operações de médio ou grande porte onde o custo com o adquirente é reduzido pelo ganho de volume.
Atualmente, os facilitadores cobram entre 4% a 5%, mas já provém todos os serviços necessários para cobrar e receber o dinheiro.
Portanto, você deve avaliar com cuidado quais serão seus custos diretos com o facilitador para poder compará-los com os custos diretos e indiretos de um adquirente.
Outra desvantagem é que, dependendo do plano contratado com o intermediador, o cliente pode ser redirecionado para fora do site da loja para efetuar o pagamento. Ele só retorna para o e-commerce para ver a compra finalizada e os próximos passos (faturamento do pedido e entrega).
Isso é um problema que impacta diretamente nas conversões da loja, já que os consumidores podem se incomodar de sair do ambiente do e-commerce. No entanto, os subadquirentes já oferecem planos com checkout transparente, o que permite o processamento dos pagamentos dentro do próprio site. Assim, o público se sente mais confortável para comprar.
Qual é a melhor opção para o seu e-commerce?
Agora você já conhece as duas opções e suas respectivas vantagens e desvantagens. As diferenças de ambas são claras e são esses pontos que devem ser levados em consideração ao escolher uma solução para o seu e-commerce.
Em relação aos custos, os adquirentes parecem ser opções mais tentadoras, principalmente para medianos e grandes lojistas. No entanto, é bom considerar o investimento necessário para contratar serviços de gateway e antifraude, além de custos indiretos como conciliação e gestão de contratos. Isso pode encarecer a solução ao ponto de equilibrar os valores com os subadquirentes.
Falando nos subadquirentes, os facilitadores, eles são opções mais interessantes para quem não quer ter trabalho com burocracia, precisam lançar a loja com maior rapidez e, principalmente, aqueles lojistas que estão iniciando, afinal, a prometida escala dos adquirentes ainda não será aplicada a sua loja devido a quantidade de pedidos.
Verifique se será saudável para a sua loja lidar com vários fornecedores, se ela pode desenvolver sistemas próprios, se as metas de vendas e receitas não ficariam comprometidas com a adesão a um subadquirente, se os seus clientes exploram diversos meios de pagamento etc.
Recomendamos que você leia nosso artigo completo sobre como calcular os custos, do meio de pagamento, com contas e aplicações reais.
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