Todos na Argentina conhecem a Frávega e, com uma história de mais de 110 anos, não é difícil entender o porquê. A empresa conquistou gradualmente o seu lugar no setor de eletrodomésticos, operando mais de 100 filiais físicas em todo o país e chegando a dedicar-se à fabricação. Mas apesar de suas antigas raízes já estabelecidas, a Frávega está longe de ser uma empresa obsoleta, principalmente devido a uma fórmula anti-envelhecimento altamente eficaz: o desenvolvimento tecnológico sustentável.
Adotando o omnichannel
Há alguns anos, a Frávega previu que o simples fato de ter uma operação de ecommerce seria, em breve, insuficiente em um ambiente cada vez mais competitivo. Em vez disso, a Frávega acreditava que uma estratégia omnichannel robusta ditaria as regras do jogo por meio da união de operações online e offline e considerações de TI e negócios, tudo em prol do cliente.
“O Omnichannel é o principal impulsionador da união entre as operações online e offline, e sempre considera o cliente como prioridade. Sabemos que, tendo o omnichannel presente em cada área das nossas operações, podemos proporcionar uma melhor experiência ao cliente”.
Juan Pablo Hernandez, Gerente de Desenvolvimento de Produtos de Ecommerce da Frávega
Mas para a Frávega estar à frente desta tendência, ela precisava intensificar a sua transformação digital de forma significativa, a partir de sua mentalidade interna e a sua estrutura. Por exemplo, a equipe de TI, que apoiava principalmente as operações das filiais, teve também que se envolver mais com o ecommerce. Da mesma forma, a equipe de desenvolvimento de produtos, inicialmente focada no suporte ao ecommerce, teve que aumentar significativamente o tamanho da sua equipe de designers e se aproximar do varejo físico para oferecer soluções tecnológicas dando suporte aos dois canais. Por fim, para garantir que ambas as equipes estivessem alinhadas com o omnichannel, uma estrutura de gestão unificada foi estabelecida.
“Antes, a área de TI era considerada um mal necessário. Hoje, se você não construir sistemas que também sejam versáteis, permitindo que você dê suporte a toda a estratégia, você estará muito atrás de sua concorrência.”
Juan Pablo Hernandez, Gerente de Desenvolvimento de Produtos de Ecommerce da Frávega
E assim, com uma visão clara e uma equipe capacitada, a Frávega foi se desenvolvendo, tornando-se uma empresa de varejo voltada para a tecnologia.
Desenvolvimento de produtos sustentáveis
Construir todas as soluções internamente é mais fácil na teoria do que na prática. De fato, a Frávega, que como muitas outras grandes empresas varejistas adotam a tecnologia como o Grupo Soma e a Cobasi, afirma que nem mesmo deve-se tentar porque qualquer desenvolvimento interno vem com a responsabilidade de manutenção, evolução e controle de qualidade constantes. Se você adquirir responsabilidades demais, a sua equipe e estabilidade financeira podem ser fortemente afetadas a partir de determinado momento, um conceito formalmente conhecido como rendimentos decrescentes.
“Decidimos assumir o controle dos aplicativos que acreditamos serem essenciais para o nosso negócio. Estamos escolhendo nossas batalhas de acordo com o que acontece no mercado e se é importante para a Frávega ter uma solução customizada que impacte o cliente final”.
Juan Pablo Hernandez, Gerente de Desenvolvimento de Produtos de Ecommerce da Frávega
Na verdade, há uma linha tênue entre o desenvolvimento de produtos construtivo e destrutivo, o que requer uma seleção cuidadosa e priorização de projetos de acordo com critérios rigorosos. Para a Frávega, os critérios incluem time-to-market, dificuldade de implementação e impacto no ecossistema da Frávega. Em resumo, todas as adições de novos produtos devem de alguma forma preencher a lacuna entre os mundos físico e online.
“Ao avaliar se devemos construir uma solução ou não, o time-to-market é uma das nossas principais considerações; quanto tempo levaria para implementá-la e para que os usuários a aproveitem? Por outro lado, temos a questão da complexidade. Não é apenas plug-and-play, deve estar conectada ao mundo Frávega, por isso precisamos analisar o impacto que ela tem na operação atual e na estratégia omnichannel”.
Juan Pablo Hernandez, Gerente de Desenvolvimento de Produtos de Ecommerce da Frávega
Como a Fravega está usando a tecnologia headless da VTEX
Um elemento considerado digno de desenvolvimento interno era o sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS). A Frávega utiliza a VTEX Commerce Platform desde 2014, mas pretendia mudar e melhorar algumas partes do sistema de acordo com o que fosse mais adequado aos seus clientes; além disso, queria mais velocidade, flexibilidade e autonomia.
Consequentemente, a Frávega assumiu a parte superior do funil da experiência do usuário e começou a desenvolver uma nova página inicial, páginas de produtos e páginas de destino usando o React, além de vários outros recursos (por exemplo, geolocalização do usuário, mensagens do cliente), que foram gradualmente implantados ainda usando o carrinho e o checkout da VTEX. Os dois sistemas, o CMS proprietário da Frávega e a plataforma de ecommerce da VTEX, são conectados por meio de um processo amplamente conhecido como comércio headless, que, em poucas palavras, separa a experiência do cliente do front-end das funções de comércio back-end, permitindo que evoluam independentemente um do outro. Para garantir que as informações sejam consistentes em toda a jornada de compra, independentemente do sistema responsável, um middleware verifica a consistência do conteúdo. Desta forma, a Frávega pode personalizar o seu front-end enquanto se beneficia de elementos exclusivos como o PCI Compliance e o SmartCheckout da VTEX.
Esta abordagem de tecnologia headless é possível principalmente porque a arquitetura da VTEX, em seu núcleo, permite isso. A VTEX é construída como um SaaS multi-tenant e tem uma infraestrutura na nuvem baseada em microsserviços impulsionada por API, o que significa que qualquer varejista é livre para escolher se deseja manter a plataforma em sua totalidade ou chamar partes dela por meio de APIs. Essa flexibilidade, juntamente com a sabedoria de reconhecer os limites internos, é o que torna a tecnologia headless incrível, e o que permite à Frávega proteger e construir sobre o seu legado.
“A VTEX sempre nos apoiou, sempre nos deu uma mão. Até hoje, continuamos usando as suas APIs neste modelo headless.”
Juan Pablo Hernandez, Gerente de Desenvolvimento de Produtos de Ecommerce da Frávega