O crescimento constante do comércio eletrônico resultou no surgimento de várias modalidades de vendas online. Talvez a mais popular delas seja o marketplace, um modelo de plataforma que inclui produtos de diversos setores e fornecedores em um site centralizado, como Amazon, Mercado Livre, ou Linio.
Estes exemplos representam iterações do modelo marketplace out, um dos dois formatos de marketplace que falaremos a seguir. Tanto o modelo out como seu oposto, o modelo in, têm vantagens e desvantagens completamente diferentes, por isso é importante entendê-las antes de decidir se um marketplace é a ferramenta certa para sua empresa entrar ou expandir sua presença no ecommerce.
Fórmula de crescimento
O modelo de marketplace tem sido um dos elementos de constante crescimento do ecommerce em todo o mundo. De acordo com a McFadyen Digital, cerca de 50% das vendas globais online ocorrem em marketplaces, e espera-se que este número aumente a curto prazo.
A agência também defende que não é tarde demais para lançar um marketplace e que isso pode ser feito inclusive após a pandemia, já que os compradores estão se acostumando mais a comprar nesse tipo de plataforma e diversificando os sites que visitam para comprar diversos produtos. Esta tendência ajudou a garantir que as vendas ficassem concentradas apenas em líderes globais, como a Amazon.
Modelo out
A alternativa mais simples para um lojista é se incorporar a um marketplace externo — como Amazon e Mercado Libre, que mencionamos anteriormente e com quem a VTEX tem integrações nativas — a fim de ter uma presença digital. Este modelo de negócios é interessante para muitas empresas, especialmente as menores.
A principal vantagem para estes comerciantes é o tráfego que os grandes marketplaces atraem. Esta condição facilita que os produtos publicados em tais plataformas tenham mais visibilidade do que teriam se fossem publicados apenas no site da empresa.
A centralização da oferta significa que os usuários estão acostumados a acessar esses marketplaces para procurar todos os tipos de produtos, o que gera um tráfego substancial e estável, do qual os lojistas que vendem seus produtos neles podem se beneficiar. Além disso, as empresas que operam marketplaces geralmente gastam uma parte significativa de seu orçamento na aquisição de clientes, o que, por sua vez, aumenta ainda mais o tráfego. Outra vantagem é que em geral o site cuida da infraestrutura tecnológica, e às vezes até da infraestrutura física.
As desvantagens deste modelo são principalmente duas: a concorrência ferrenha e as altas comissões. Por ser um modelo opt-in, não há exclusividade e qualquer produto oferecido na plataforma terá que competir por clientes contra múltiplas ofertas de produtos similares ou equivalentes.
Neste caso, as vendas dependem não apenas da qualidade do produto oferecido, mas também da capacidade da marca de se promover acima de seus concorrentes e de fornecer valores diferentes para se diferenciar. Esta promoção pode ser por publicidade paga, mas geralmente as avaliações dos consumidores são outro fator para o bom posicionamento de um produto ou seller.
Os custos para os sellers dependem muito do modelo de negócio do marketplace. Os encargos podem ser uma taxa fixa por item anunciado, uma taxa fixa por item vendido, uma comissão sobre o preço final de um item vendido, ou uma combinação de todos.
Entretanto, alguns marketplaces de sucesso oferecem serviços em troca desta comissão, como a coordenação logística de armazenamento e entrega. Isto melhora a experiência do cliente e reduz as operações dos sellers, resultando em uma situação de ganho mútuo para todas as partes envolvidas. O custo pago às plataformas também pode ser menor que o de manter uma operação própria, dependendo do tamanho do varejista.
Modelo in
O modelo de marketplace in é utilizado principalmente por varejistas ou marcas que já geram interesse e tráfego digital entre os consumidores finais, portanto a implementação deste tipo de plataforma não requer necessariamente um grande investimento em marketing digital.
Enquanto o marketplace out implica em vender os próprios produtos em plataformas de terceiros, o marketplace in significa habilitar a própria plataforma para a venda de produtos de outros varejistas. Empresas como Éxito, Banco Inter e Unilever escolheram a VTEX para impulsionar seus marketplaces globais.
As empresas que se aventuram a administrar seu próprio marketplace precisam se preocupar com a geração de tráfego, com a logística de pagamentos e devoluções e o atendimento ao cliente. Estes elementos da operação também podem ser delegados aos sellers, o que permite aumentar o número de produtos disponíveis, evitando que a operação se torne mais complicada.
O custo relacionado a estas atividades pode ser muito alto no início do projeto, especialmente se a arquitetura e a logística necessárias forem desenvolvidas do zero, o que pode custar caro. Em situações como esta, é melhor encontrar soluções pré-construídas, como a arquitetura nativa de marketplace da VTEX , que irá acelerar o lançamento público do site e reduzir os custos associados ao seu desenvolvimento.
Antes que uma empresa decida lançar seu próprio marketplace, ela deve garantir que haja interesse suficiente de terceiros para oferecer produtos através deste site: a viabilidade de investir em uma infraestrutura de marketplace depende da capacidade de atrair produtos interessantes para os consumidores finais.
A VTEX também pode te ajudar nesse sentido: O VTEX Marketplace Network é uma funcionalidade da plataforma que ajuda a conectar sellers e marketplaces que operam no ecossistema da VTEX. Além de facilitar o crescimento das empresas envolvidas, o recurso auxilia na comunicação entre as partes.
Qual é o melhor modelo?
Não existe uma resposta correta para todas as empresas, mas existe uma resposta correta para cada empresa. Dependendo de suas necessidades, ambas as opções oferecem potencial de crescimento em número de produtos e escopo de serviço, bem como uma forma de solidificar um canal de vendas online.
Com o planejamento correto, um marketplace pode se tornar a ferramenta ideal para que uma marca tenha acesso a segmentos antes inalcançáveis, ajudando a posicionar a marca na mente dos consumidores, além de trazer novos públicos para os produtos existentes.
As empresas que decidirem criar seu próprio marketplace também terão controle total sobre a operação. Isto significa que os sellers da plataforma, as regras de venda e a experiência do usuário dependerão das decisões tomadas pela empresa, que também utilizará os dados para obter insights que podem ser utilizados para a tomada de decisões futuras.